O empalhador.
Fora
contratado estranhamente para construir um violão.
Como era
marceneiro, nunca havia sequer pensado em construir qualquer instrumento
musical.
Era dedicado
e aceitou o serviço mediante duas condições.
A primeira: não
poderia prometer que o violão fosse de boa qualidade, devido à sua total inexperiência
em construí-los.
A segunda:
só haveria o pagamento, a combinar, após o término do serviço e aprovação do
cliente.
...
O cliente.
O cliente
não era um sujeito muito convencional. Era empalhador.
Conta-se que
era dado a estranhas procuras e mais ainda estranhas manias.
Dizia-se que
havia se casado por três vezes e as esposas o haviam abandonado.
Não tinha
filhos. Era avesso à práticas sexuais.
Ninguém
conseguia entender, que sendo assim, teria se casado por três vezes.
As esposas
simplesmente desapareciam de sua vida e da vida da vizinhança.
...
O
marceneiro, após estudos, aceitou a encomenda e foi à casa do cliente, para
fechar o negócio.
Assustou-se
um pouco com a decoração da casa do cliente. Moveis e instrumentos musicais
enormes.
Construiu o
violão. Levou à casa do cliente. O cliente aprovou o aparato.
O marceneiro
estranhou o fato de haver nas especificações dobradiças muito discretas no
corpo do violão.
O cliente,
soube-se depois, casou-se pela quarta vez.
Adoro seus contos, mas desisto de acertar o final de qualquer deles. Nunca consigo. Esse é um desafio que tomei para mim. Um dia vou acertar, então, meu caro, me vingarei.
ResponderExcluirObrigada pelo momento de descontração.
Obrigado querida Léa.
ExcluirTalvez a beleza do conto esteja justamente em deixar quem lê imaginar, imaginar e errar.
Aguardo a vingança.
Segundo os italianos da máfia: " a vingança é um prato que se come frio", o que dá ideia de um outro conto.
Abraços afetuosos.
Quanta imaginação, meu amigo! Amo ler os seus escritos... Fiquei arrepiada, só de imaginar... já pensou se esta moda pega? Eu hem...😂👏👏⚘💙
ResponderExcluirNice, obrigado pela visita em primeiro lugar.
ExcluirFico muito feliz e honrado em ter voce por aqui.
Abraços afetusosos.
...lá se vai a quarta sumir da vizinhança, também...
ResponderExcluirProcuremos dentro do violão... - cinzas, quem sabe.