Promessa cumprida.
Ela se
vestiu adequadamente para a ocasião.
Um vestido
um tanto sensual, negro, com transparências igualmente negras em rendas. Esta
transparência discreta aliada às curvas bem delineadas, deixava entrever os
belos contorno de seu corpo.
A ocasião
tinha um significado especial para ela.
Chegou no
local e logo causou imenso alvoroço, sendo que as mulheres, as mais invejosas,
faziam comentários maldosos à boca pequena.
Os homens de
olhares atentos e famintos, causavam em suas respectivas acompanhantes um certo
desespero.
Caminhou
sensualmente e cuspiu descaradamente no caixão.
Ninguém
percebeu.
O
evento: um velório, organizado por ela.
...
Alguns dias
antes:
Ele, um empreendedor
muito bem sucedido, sem escrúpulos.
Ela, jovem e
dedicada, bioquímica de formação.
Assumiu a
agenda, as viagens, reservas, convidados, festas, eventos, enfim todo o aparato
necessário à industria da moda.
Contratada
como assistente pessoal com alto salário.
Seu pai,
muito doente. Estado terminal, faleceu por falta de recursos para o pagamento
das despesas médicas.
Ele negou-lhe
o empréstimo do recurso e ainda propôs de forma deselegante uma compensação de
natureza sexual.
Ela refutou
imediatamente, sendo despedida.
Ainda no
escritório ordenou autoritário: - um coquetel rápido e saia!
Repentinamente
começou a sufocar.
Um pouco
antes da ambulância chegar, chamada por ela mesma, competente que era,
disse-lhe ao ouvido:
- Irei com
prazer ao seu enterro e cuspirei no seu caixão.
Ninguém no
escritório tomou ciência da dispensa, tampouco das ervas exóticas neurotoxicas,
que ela portava.
Continuou
como alta executiva da Empresa.
Promessa
cumprida!
Gosto assim: prometeu. Cumpriu!
ResponderExcluirObrigado querida Léa, pelo seu comentário e pela sua constante parceira.
ResponderExcluirSou eternamente grato.
Abraços afetuosos.
Eu também Lea...
ResponderExcluirSe prometer cumpra. Se disser que, faça!
Parabéns Eduardo. Mais um conto com o qual nos brinda um dia de março.
(Já estamos chegando no fim de abril..., antes tarde que nunca.).